Cesta Básica em Campo Grande e a 4ª mais cara do País

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Campo Grande está entre as capitais com a cesta básica mais cara do Brasil, com aumento impulsionado por café, tomate e carne

Em fevereiro de 2025, o custo da cesta básica em Campo Grande alcançou R $ 773,95posicionando a capital de Mato Grosso do Sul como a quarta cidade com a cesta mais cara do Brasil, conforme dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentosdivulgada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O levantamento, que analisa 17 capitais brasileiras, revelou que o preço da cesta subiu em 14 delas, enquanto apenas três registraram queda: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).

Entre as capitais com aumento, Recife liderou com uma alta de 4,44%, seguida por João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Em Campo Grande, o valor elevado reflete a pressão de itens essenciais como caféAssim, tomate e carne bovina de primeiraconsiderados os principais “vilões” do aumento nacional. O café, por exemplo, teve altas expressivas em todas as capitais pesquisadas, variando entre 6,66% em São Paulo e impressionantes 23,81% em Florianópolis.

Por que a Cesta Básica em Campo Grande Está Mais Cara?

Campo Grande segue uma tendência nacional de encarecimento dos alimentos básicos, mas sua posição no ranking das cestas mais caras – atrás apenas de São Paulo (R$ 860,53), Rio de Janeiro (R$ 814,90) e Florianópolis (R$ 807,71) – destaca o impacto local. O Dieese aponta que o preço do café, um item culturalmente importante na mesa dos brasileiros, disparou devido a fatores como variações climáticas e aumento nos custos de produção. O tomate e a carne bovina, por sua vez, também sofreram com instabilidades na oferta e na cadeia de abastecimento, afetando diretamente o bolso dos campo-grandenses.

Em comparação, nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta básica é ajustada às habitudes regionais, os menores custos foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80). Mesmo assim, o valor em Campo Grande reflete um desafio para os trabalhadores locais, que precisam lidar com um custo de vida elevado em relação ao salário mínimo.

Impacto no Salário Mínimo

O Dieese estima que, para cobrir as despesas básicas de uma família de quatro pessoas – incluindo alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência –, o salário mínimo ideal em fevereiro deveria ser de R $ 7.229,32. Esse valor, baseado na cesta mais cara do país (São Paulo), é 4,76 vezes maior que o salário mínimo atual de R $ 1.518,00. Em Campo Grande, onde a cesta custa R$ 773,95, um trabalhador que ganha o mínimo compromete mais da metade de sua renda apenas com alimentação, evidenciando a pressão econômica sobre as famílias sul-mato-grossenses.

Contexto Nacional e Regional

A alta generalizada em 14 capitais reflete um cenário de instabilidade nos preços dos alimentos em 2025, influenciado por fatores como inflação, mudanças climáticas e custos de produção. Em Campo Grande, a situação é agravada pela dependência de itens como a carne bovina, um dos pilares da economia e da dieta local, mas que tem enfrentado oscilações de preço. Dados históricos do Dieese mostram que a capital já figurava entre as cinco cestas mais caras em anos anteriores, como em 2023, quando registrou R$ 743,09, indicando uma tendência persistente.

UM cesta básica em Campo Grande segue como um reflexo dos desafios econômicos nacionais, mas também de particularidades locais que tornam a capital um ponto de atenção no mapa do custo de vida no Brasil.





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