Ex-coordenador é alvo de mandado de prisão; esquema envolvia empresas de fachada
Uma operação deflagrada na manhã desta segunda-feira (10/3) investiga o desvio de R$ 8 milhões da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande. Denominada “Occulto”, a ação cumpre um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão, com alvos na Capital e em Camapuã.
A operação é conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Cecoc) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Fraude e lavagem de dinheiro
Segundo o MPMS, desde 2021, o ex-coordenador da APAE de Campo Grande e outros investigados simulavam vendas de produtos para a rede pública de saúde por meio de empresas de fachada, desviando R$ 8.066.745,25. O dinheiro era repassado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para atender pacientes ostomizados.
As investigações apontam ainda que os envolvidos praticaram lavagem de dinheiro, ocultando o destino dos valores desviados.
Além disso, um dos suspeitos teria cometido obstrução da Justiça, tentando burlar ordens judiciais e retirando cerca de R$ 500 mil do alcance da Justiça, mesmo sob medidas cautelares.
Operação “Occulto”
O nome da operação faz referência às estratégias usadas para ocultar os valores desviados. Além disso, o ex-coordenador investigado teria pedido cidadania italiana, supostamente com a intenção de deixar o Brasil.
As investigações seguem em andamento.