Sandro da Silva Rabelo, conhecido como “Sandro Louco”, chefe do Comando Vermelho em Mato Grosso, foi incluído no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), após a descoberta de novos crimes cometidos por ele dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE).
A decisão foi determinada pela Justiça de Mato Grosso. De acordo com o relatório da Coordenadoria de Inteligência, Sandro Louco não apenas validou um plano de rebelião dentro da penitenciária, mas também seguia dando ordens para crimes externos.
Além disso, foi constatado que Sandro Louco contratou um hacker para fraudar dados da Justiça.
Diante da gravidade dos fatos, a Justiça considerou a permanência dele no convívio prisional uma ameaça à segurança pública, justificando o isolamento no RDD.
Isolamento e reforço na segurança
Assim, a Justiça determinou a transferência de Sandro Louco para uma cela isolada no Raio 8 da PCE, setor destinado a criminosos de alta periculosidade. Ele permanecerá nesse regime por um período inicial de seis meses, podendo ser reavaliado posteriormente.
- Entre as medidas impostas no RDD, estão:
- Recolhimento em cela individual;
- Banho de sol limitado a duas horas diárias, sem contato com membros da facção;
- Visitas restritas a cada 15 dias, com no máximo duas pessoas por vez, sem contato físico;
- Monitoramento de correspondências e audiências realizadas, preferencialmente, por videoconferência.
A decisão da Justiça atende a um pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, que consideraram a transferência essencial para desarticular as operações do Comando Vermelho dentro e fora do presídio.
Risco à segurança pública
O detento cumpre pena de 193 anos e sete meses de reclusão. Mesmo preso, ele comandava um esquema criminoso que envolvia a administração de um “mercadinho” dentro da PCE, movimentando aproximadamente R$ 75 mil mensais, além de se comunicar regularmente com comparsas para organizar atividades ilícitas.
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A investigação também revelou que Sandro Louco possuía acesso a celulares e recebia ligações frequentes da esposa, que era responsável pela lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Além disso, Sandro teria adquirido uma arma de fogo dentro da penitenciária e ordenado a entrega do armamento a um familiar.
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