Uma bela serpente, de cores vibrantes e hábitos diurnos acaba de ser registrada por cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A nova espécie recebeu o nome científico de Leptophis mystacinusuma cobra-papagaio que vive no Cerrado.
A descoberta foi feita por pesquisadores do Laboratório de Sistemática e Biogeografia de Anfíbios e Répteis – Mapinguari –, criado em 2014 para estudar anfíbios e répteis presentes nos biomas de Mato Grosso do Sul.
O coordenador do Mapinguari e doutor em Zoologia, professor Diego José Santana, explica que a Leptophis mystacinus se diferencia das demais cobras-papagaio pelo padrão de coloração vibrante, apresentando duas faixas verdes dorsolaterais, separadas por uma linha vertebral amarelada.
As cobras-papagaio são conhecidas por seus hábitos diurnos e arborícolas, sendo predadoras ágeis de pequenos vertebrados. A espécie não é venenosa, pois não apresenta glândulas produtoras de veneno.
UM Leptophis mystacinus possui características que a diferenciam de suas parentes mais próximas. “Ela tem essa faixa preta que atravessa os olhos (lembra um ‘bigode’) e se prolonga pelo corpo, o que não acontece em outras espécies”, destaca o professor.
Além da coloração, a morfologia também se mostrou distinta, especialmente na estrutura do Hemipêniso órgão copulador dos machos, que possui detalhes exclusivos nesta espécie.
A descoberta
A identificação da nova espécie teve início a partir dos estudos de outro professor da UFMS, o também doutor em zoologia, Nelson Rufino de Albuquerque, especialista em Herpetologia (estudo de anfíbios e répteis), especialmente no grupo Leptophis.
““Em 2023, o professor Nelson mencionou um bicho diferente no Cerrado que ele havia encontrado em sua tese, mas ainda sem muitas evidências para descrevê-lo”, relata Santana. A partir disso, foram feitas análises genéticas que comprovaram que se tratava de uma espécie nova.
Evolução das espécies
Os pesquisadores constataram uma conexão evolutiva entre espécies do mesmo gênero. A nova cobra-papagaio do Cerrado é parente próxima da Leptophis Dibernardoiencontrada na Caatinga.
“UEsso é bem comum para vários répteis, pois o Cerrado e a Caatinga compartilham um histórico evolutivo similar”, explica Santana.
UM Leptophis Dibernardoi também foi descoberta recentemente, em 2022, por um grupo de pesquisadores liderados pelo doutor Rufino. Na época, o nome dado à nova espécie foi uma homenagem ao professor Marcos Di Bernardo, já falecido, que foi orientador no doutorado de Rufino.
Diante de uma nova espécie
O processo de descrição de uma nova espécie envolve um trabalho minucioso de identificação e comparação. “Quando encontramos um animal que parece diferente, comparamos com artigos científicos, materiais de coleções zoológicas e, se necessário, fazemos análises genéticas”, explica o professor Dr. Santana.
De acordo com o pesquisador, o Mapinguari coleciona várias descobertas.
““Nos últimos anos, nosso grupo tem descrito diversas espécies novas, tanto de serpentes quanto de anfíbios. E ainda há muitas por vir (…)Cada espécie descrita é uma peça a mais no quebra-cabeça da nossa história natural”, conclui Santana.
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