Alvo de pedido de impeachment no Corinthians, o presidente Augusto Melo entrou com um pedido na Comissão de Ética para destituir Romeu Tuma Jr. da presidência do Conselho Deliberativo A informação foi divulgada pelo site Meu Timão e confirmada pelo Estadão.
Augusto Melo argumenta que Romeu Tuma Jr. não está agindo de maneira imparcial e neutra, além de realizar prejulgamentos na condução do processo de impeachment do qual é alvo. O mandatário corintiano também afirma que o presidente do Conselho tem atingido a imagem do Corinthians com afirmações graves.
Procurado pela reportagem, Romeu Tuma afirmou desconhecer o pedido de destituição de maneira oficial. Todavia, afirma que continuará “sendo imparcial, defendendo única e exclusivamente os interesses do clube, seguindo rigorosamente seu estatuto”. Ele afirma ainda que críticas e acusações serão “tratadas no momento oportuno e no foro adequado.”
Em 21 de janeiro, o Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na sede do clube, no Parque São Jorge, para votar o impeachment de Augusto Melo. Porém, a reunião foi suspensa após horas de discussão e bate-boca entre as partes.
Ainda não há data para a nova reunião do Conselho Deliberativo. Foram 126 votos contra 114 a favor da abertura da votação do impeachment. Romeu Tuma Jr. afirmou que quem não esteve presente na votação anterior poderá opinar sobre o avanço do impeachment, o que gerou discordância em uma parte dos conselheiros. A priori, uma reunião virtual está descartada.
Augusto Melo afirma que o processo de impeachment se trata de um “golpe” contra sua gestão. Ele se apega ao fato de a Comissão de Ética ter determinado a suspensão da votação da destituição até que o inquérito da Polícia Civil sobre a Vai de Bet seja encerrado. Por outro lado, Romeu Tuma Jr. crê não ser necessário aguardar o fim das investigações porque um dos motivos para o mandatário ser impichado seria suposta gestão temerária.
Para o impeachment avançar no Conselho Deliberativo, basta a maioria simples do colegiado de 302 membros votar a favor da destituição. Neste cenário, Augusto Melo ficaria cautelarmente afastado e o primeiro vice-presidente Osmar Stabile assumiria o comando do clube. Ele teria até cinco dias para convocar a Assembleia Geral dos associados para votação em última instância, e um período de 30 a 60 dias para marcar a data da proclamação final.
CORREIO DO ESTADO