Priscila Braga dos Santos, de 32 anos, morta em confronto com a Polícia Militar, na noite de domingo (25), após ser flagrada com um carro roubado, em Campo Grande, já havia sequestrado um motociclista de aplicativo em julho deste ano.
O sequestro ocorreu no dia 19 de julho, quando segundo a vítima recebeu uma ligação às 4 da madrugada de Priscila pedindo por uma corrida do Bairro Nhanha ao Bairro Jardim Tijuca. A vítima ainda contou que ao chegar no local para pegar a passageira tinha uma ‘casinha’ montada para ele.
Ele relatou que a mulher pediu para entrar na casa, pois ela iria demorar um pouco, e ao entrar no local tinha cinco homens esperando o mesmo. O motociclista de aplicativo ainda disse que falaram que iriam pegar sua moto e devolveriam posteriormente.
A vítima disse que foi agredida por um dos homens quebrando um dente dela. O homem contou que foi agredido com socos e ficou preso no local até as 16 horas do mesmo dia.
Ele foi liberado, mas a moto ainda ficou em poder dos bandidos que disseram que iriam devolver, porém não ocorreu a devolução. Ainda de acordo com o homem, os criminosos ainda exigiram R$ 500 para devolverem a moto.
Priscila tem passagens por roubo, sequestro, extorsão e tráfico de drogas.
Confronto e carro roubado
Conforme apurado, a equipe de Força Tática recebeu denúncia anônima sobre uma possível conversa entre um homem e uma mulher a respeito do carro roubado ou furtado. O denunciante afirmou ter escutado o homem ordenando que a mulher levasse o veículo para a região de fronteira.
Os policiais iniciaram as buscas na saída de Campo Grande e se depararam com o Ford Fiesta indicado na denúncia em alta velocidade pela BR-060 e com os faróis desligados.
A equipe da PM tentou abordar a motorista, que saiu em alta velocidade pela rodovia. Os policiais conseguiram consultar a placa do veículo e encontraram registro de furto feito em 21 de agosto, na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).
Em determinado momento, a motorista desceu do carro com uma arma de fogo em punho e atirou contra os policiais, mesmo com as ordens para largar a arma.
Os militares, então, revidaram os disparos e acabaram atingindo a mulher. Ela foi socorrida ainda com vida para o Hospital Regional, contudo, não resistiu aos ferimentos e morreu.
No local do confronto, a perícia encontrou um revólver calibre 32 utilizado pela mulher. Ela não estava com documentos e nem foi identificada até o momento. A equipe também apreendeu a pistola calibre 9 milímetros do policial, com três munições deflagradas e sete intactas.