Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante com 125 cápsulas de cocaína no estômago, neste domingo (19), em Corumbá.
De acordo com a Polícia Federal, o flagrante ocorreu quando o suspeito tentava embarca em um no aeroporto do município.
A polícia não detalheu em que circunstâncias se deu o flagrante, mas imagens de raios-x mostraram a grande quantidade de cápsulas que foram ingeridas e estavamo no estômago do homem.
Ele tinha como destino o estado de São Paulo. Não há detalhes sobre quem o contratou e quanto receberia pelo transporte.
Ainda segundo a Polícia Federal, esta é a segunda prisão nesta semana, no mesmo aeroporto.
Corumbá faz fronteira com a Bolívia, onde, conforme reportagens, há vários casos de pessoas aliciadas para atravessar a fronteira com o Brasil levando drogas escondidas dentro do corpo, indo posteriormente para outros estados.
Nestes casos, segundo a PF, há a lavratura dos procedimentos criminais e os suspeitos são encaminhados ao hospital para expelir de forma segura o entorpecente engolido.
Aumento de casos
No fim do mês passado, nos dias 29 e 30 de abril, operação batizada de No Fly foi realizada no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, com objetivo de reprimir o tráfico de drogas com a prisão de passageiros que ingerem cápsulas e transportam em seu estômago para o exterior.
No total, foram presos 18 passageiros tentando embarcar com drogas em cápsulas, dentro do corpo, com destino à Europa.
Os flagrantes aconteceram com a utilização do scanner corporal.
Segundo a Polícia Federal, a apreensão de passageiros com drogas no corpo cresceu nos últimos anos, sendo:
53 prisões em flagrante de janeiro a abril de 2024,
44 em 2023,
7em 2022,
1 em 2021.
Morte na fronteira
Em dezembro do ano passado, Bonifácio Choque Cruz morreu depois de engolir 35 cápsulas com cocaína e uma delas estourar, na região de fronteira entre Puerto Quijarro e Corumbá.
A Polícia Boliviana realizou laudo e identificou a cocaína no estômago do homem.
A principal suspeita é que Bonifácio teria o acordo de atravessar a fronteira com o Brasil e levar a droga escondida dentro do corpo para alguma localidade aqui no país.
No total, as apurações identificaram cinco pessoas suspeitas de terem aliciado Bonifácio para servir como “mula”, termo utilizado no caso de pessoas que transportam droga no corpo.
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