O pré-candidato do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), Douglas Melo Figueiredo, acabou preso na manhã desta sexta-feira (17), em Anastácio, a 135 quilômetros de Campo Grande. A prisão ocorreu durante operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga a morte do ex-vereador Dinho Vital, em um suposto confronto com a PM após uma festa na cidade. O político estava com uma pistola em casa, além de duas carabinas.
Quando os agentes cumpriram os mandados de busca e apreensão, encontraram duas carabinas, uma de calibre .38 e outra .22, sem numeração e marca aparente. Além de uma pistola 9mm, com um carregador e 14 munições. O armamento estava escondido em móveis dentro da casa de Douglas.
Dessa forma, ele acabou preso e levado para a delegacia de polícia. Além de Douglas, os policiais envolvidos na morte de Dinho Vital também são alvos da operação. Por fim, a assessoria do ex-prefeito confirmou que o político é alvo de buscas.
O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 1ª Vara da Justiça de Anastácio e assinado pelo juiz Luciano Pedro Beladelli, no fim da tarde desta quinta-feira (16). Então, o MPMS (Ministério Público Estadual) solicitou as buscas e equipes do Gaeco seguiram até a casa de Douglas Figueiredo e dos dois PMs nesta manhã. Foram expedidos três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária.
Nesse sentido, o documento detalha que o objetivo das buscas é “coletar provas relativas à prática de homicídio qualificado, por meio de apreensão de vestígios físicos ou digitais localizados (…) quando houver suspeita que contenham material probatório relevante para as investigações”.
Policiais eram seguranças de ex-prefeito, segundo testemunhas
Conforme relatos de testemunhas que participaram da festa em comemoração aos 59 anos da cidade, o sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo e o cabo Bruno Cesar Malheiros dos Santos acompanhavam, armados, o ex-prefeito Douglas Figueiredo desde a hora que ele chegou até o momento que deixou o local.
“Tempo todo estava com os seguranças dele, onde ia levava esses dois”, relatou um político ouvido pelo Jornal Midiamaxque estava no evento e preferiu não se identificar, por medo.
Boletim de ocorrência do caso terminou registrado como ‘homicídio decorrente de oposição a intervenção policial’, ou seja, confronto com a polícia. Porém, a Corregedoria da PM abriu procedimento para apurar o envolvimento dos dois PMs envolvidos.
Policiais afastados
Conforme o advogado, os policiais passaram pelo setor psicológico da PM e por estarem abalados acabaram afastados. Ainda de acordo com Rocha, os militares se colocaram à disposição do Ministério Público de Anastácio, também do Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial) do MPMS, e da Polícia Civil de Anastácio para esclarecimentos.
Os policiais foram ouvidos na Corregedoria, que abriu um inquérito para apurar a ação dos militares. No dia 8 de maio, os policiais foram chamados para o local após serem avisados de um pessoa armada na BR-262, segundo ocorrência da PM.
(Matéria editada às 13h05 para acréscimo de informação)