Leonan Gomes de Abreu foi condenado a 35 anos de prisão por matar Odilon Rodrigues da Silva Mareco e tentar matar outros 4 jovens, na região do bairro Moreninhas, em Campo Grande, na madrugada do dia 1º de janeiro de 2021. Henrique da Silva Bernardo e Wellington Paes Lino, que eram considerados réus pelos crimes, foram absolvidos.
O trio foi julgado na manhã desta quinta-feira (16) no Tribunal do Júri e negou qualquer envolvimento no crime alegando que houve ‘armação’. O Conselho de Sentença condenou Leonan a 14 anos de prisão por homicídio doloso qualificado praticado contra Odilon.
Em relação ao homicídio doloso qualificado na forma tentada praticada contra quatro pessoas, o homem foi condenado as penas de 4 anos e 8 meses e 7 anos de prisão, que totalizam 35 anos, somadas ao homicídio que vitimou Odilon.
Já Henrique da Silva Bernardo e Wellington Paes Lino, que respondiam pelos mesmos crimes, foram absolvidos pelo Conselho de Sentença.
Júri
O autor, Leonan, chegou a relatar durante o julgamento que não sabe quem atirou contra Odilon. “Não sei quem são os autores, mas houve boato que foram uns meninos do Jardim Hortênsia, que eles tinham inimizade. Depois do que aconteceu, depois de um dia, eles falaram que eu tinha participado, mas não participei”, afirmou.
O crime teria sido uma ‘vingança’ pela morte de Lucas ‘Bocão’, pouco mais de um mês antes. Sobre ‘Bocão’, Leonan explicou conhecê-lo porque moravam no mesmo bairro, mas que não possuíam amizade.
Já Henrique da Silva Bernardo, conhecido como ‘Henrique Neguinho’, disse que passou a virada de 2020 para 2021 na casa de um tio, na companhia da esposa. Depois da festa, foi para a casa do pai, mas o carro em que estava ficou sem bateria. Então, o casal pegou a motocicleta dela e foi para a casa da sogra do réu, onde dormiram.
O último a ser ouvido foi Wellington, que teve como testemunha os pais dele. Tanto os pais quanto os filhos comentaram que a acusação é uma “injustiça”. “Não é porque é meu filho, mas se ele tivesse envolvido, eu iria entregar”.
Crime
Odilon estava sentado em frente a uma residência, localizada na rua Mururé, com outros homens, quando um veículo Gol G5 parou em frente à casa. O carro era ocupado por quatro homens, que abaixaram o vidro, sacaram várias armas e passaram a atirar contra as vítimas.
Ainda, conforme as informações, cerca de três horas após o crime, o veículo Gol G5 foi encontrado batido em um poste em uma estrada vicinal que liga a saída de São Paulo, na Avenida Gury Marques, com o macro anel rodoviário.
Dentro do carro havia cápsulas deflagradas. Foram recolhidas pela perícia cápsulas de 9mm e munições intactas calibre .38.