Dr. Lívio Viana de Oliveira Leite (União Brasil), médico oftalmologista e político cearense, retoma sua função como vereador na cidade de Campo Grande, substituindo Claudinho Serra (PSDB), que foi implicado em acusações criminais. Lívio, que já serviu como vereador até o início da pandemia de Covid-19, reassume o posto com a promessa de honrar os votos recebidos na última eleição. Durante seu período fora da câmara, ele ocupou posições no Hospital Regional e na administração pública.
Lívio, que assumiu pela primeira vez como suplente de vereador em 2015, foi eleito em 2016 e atuou como parlamentar até o primeiro ano da pandemia de Covid-19. Em 2021, com a nomeação de Rosana Leite de Melo como secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 pelo Ministério da Saúde, Lívio ocupou seu lugar na direção do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Mais recentemente, indicou que, com a publicação no Diário Oficial, pedirá afastamento de suas funções como servidor público.
Atualmente, ele também é servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O médico precisa se afastar desses cargos antes de assumir novamente a vaga de vereador. Ele esclareceu que poderá assumir a cadeira no Legislativo mesmo mudando de partido, já que o prazo para a mudança aconteceu durante a janela partidária, sem qualquer impedimento legal.
“Vou honrar os 2.772 votos que me foram confiados na última eleição pelo tempo que me for permitido nesse momento”, afirmou Dr. Lívio, que ainda é pré-candidato ao legislativo municipal nas eleições deste ano pelo União Brasil.
Claudinho Serra, após reassumir como vereador em março devido aos 3.616 votos nas eleições de 2020, foi preso em 03 de abril durante a 3ª fase da Operação Tromper. Desde então, ele e mais 21 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul por uma série de crimes, como peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude em licitações, e concurso material de crimes. Em 29 de abril, foi reportado que um primeiro pedido de cassação do mandato de vereador foi protocolado na Câmara Municipal de Campo Grande, uma vez que Claudinho vinha sendo apontado como chefe do esquema criminoso que fraudava licitações para desviar dinheiro público em Sidrolândia.
Internamente, os 23 dias de encarceramento de Claudinho Serra, somados ao uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, começaram a causar atritos na casa legislativa, com reuniões a portas fechadas envolvendo outros parlamentares e o presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).
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